ONU renova a missão no Haiti

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São Paulo - O Conselho de Segurança da ONU decidiu unanimemente, ontem, pela renovação da missão de manutenção de paz no Haiti. A força, liderada pelo Brasil, permanecerá pelo menos mais um ano no país, de acordo com a decisão. Segundo o Conselho, é importante que a missão continue trabalhando com o governo local para combater a violência e a criminalidade. Com a decisão, tomada por 15 votos a 0, a missão foi estendida até 15 de outubro de 2009.

O mandato manteve o número de tropas no Haiti em 7.060, e o de soldados em 2.091. Também dá apoio a uma conferência destinada a arrecadar recursos para o Haiti e "condena vigorosamente as graves violações contra as crianças afetadas pela violência armada, bem como o estupro e outras formas de abuso sexual às garotas". A missão foi enviada ao Haiti após a violenta deposição do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, em 2004.

A decisão chega num momento de avaliações mistas, no qual a ONU celebra conquistas militares, mas teme fracassos na área civil que ponham em dúvida a validade dos quatro anos de missão e o investimento de US$ 2,5 bilhões no país. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, já expressou apoio à prorrogação do mandato da Minustah e sugeriu que não seja alterado o perfil militar da missão, enquadrada, desde o início, no Capítulo 7 da Carta da ONU, que determina a imposição da paz por meio do uso da força.

Há hoje 2,5 milhões de haitianos passando fome, número quatro vezes maior que em 2007. Os alimentos produzidos no país só são suficientes para a metade da população.

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