LA PAZ – O governo do presidente Evo Morales determinou a criação de um comando militar na Amazônia boliviana, na área que fica na fronteira com dois países – Brasil e Peru –, para reforçar a presença do Estado em uma região onde “reinava o ilícito”, informou ontem o ministro da Defesa do país andino, Walker San Miguel.
O novo organismo, intitulado Comando Militar Amazônico, permitirá instalar “mais postos militares, mais quartéis na região amazônica”, afirmou San Miguel, citado pela emissora de TV Erbol.
O comando da unidade militar, que será formado por Exército, Aeronáutica e Marinha, será estabelecido no departamento (Estado) de Pando, no norte da Bolívia, um ponto nevrálgico para o tráfico de cocaína.
“Lá reinava o ilícito”, assegurou o ministro da Defesa, que afirmou ainda que o Comando Militar Amazônico poderá entrar em operação em dezembro deste ano.
O próprio governo de Morales acusou “sicários (assassinos) brasileiros e peruanos” de estarem por trás da morte de camponeses pró-governo na onda de violência política de meados de setembro, a mando do governador de Pando, Leopoldo Fernández, que está preso em La Paz.
Pando, o departamento mais pobre da Bolívia, faz fronteira com o Acre e com o departamento peruano de Madre de Dios.