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29 setembro 2008

Primeiro submarino nuclear vai ser feito no Rio até 2021

Defesa da costa brasileira ganhou mais importância com o pré-sal



O primeiro submarino nuclear brasileiro deverá estar pronto até 2021. A afirmação foi feita, ontem, pelo comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto. Ele antecipou que o estaleiro dedicado ao submarino deve ser construído na área de Itaguaí, Região Metropolitana do Rio.

– Queremos fazer na área da Baía de Sepetiba, que fica perto dos pólos industriais de Rio e São Paulo, da Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A.), das usinas de Angra 1 e 2 e do porto de Itaguaí – disse.

Moura Neto participou, no Rio de Janeiro, da posse do almirante José Alberto Accioly Fragelli como coordenador-geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear.

Enriquecimento

De acordo com Moura Neto, a primeira etapa do programa, que envolve o ciclo de enriquecimento do urânio no Centro Experimental de Aramar, em Iperó, interior de São Paulo, já está concluída. A construção de uma planta nuclear de produção de energia elétrica está em fase final.

O comandante da Marinha assinalou que quatro submarinos de propulsão convencional começarão a ser fabricados – ainda no Arsenal da Marinha, na capital fluminense – a partir do ano que vem. Ao mesmo tempo, o projeto do nuclear terá início. Segundo este cronograma, em 2014 o primeiro convencional fica pronto e o nuclear entra em fabricação na área da baía de Sepetiba. O casco será desenvolvido em conjunto com a França. O primeiro submarino nuclear brasileiro deve ficar pronto seis ou sete anos depois disto.

Pré-sal

Para o almirante, as descobertas de petróleo na camada pré-sal geram maior necessidade de modernização dos equipamentos da Marinha.

– O submarino nuclear reforça a capacidade dissuasória do país diante de qualquer país do mundo – explicou. – A Marinha tem que ter capacidade de tomar conta das nossas águas. A capacidade de Defesa é o que faz que os países nos respeitem.

A construção do submarino nuclear, equipado com torpedos e mísseis, está prevista na Estratégia Nacional de Defesa, desenvolvida pelos ministros de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger e da Defesa, Nelson Jobim. O custo estimado é mais que o dobro do referente a um submarino de propulsão convencional (US$ 600 milhões).

O projeto não fará parte do orçamento da Marinha para 2009 (cerca de R$ 2,7 bilhões), pois deve ser feito com financiamento externo. A Marinha espera gerar pelo menos 600 empregos diretos no país durante o processo.

Precursor do projeto, iniciado em 1979, o atual presidente da Eletronuclerar, almirante da reserva Othon Luiz Pinheiro da Silva, também esteve presente no evento. Ele avaliou que, pelo tamanho da costa brasileira, o país precisa de pelo menos seis submarinos nucleares, apesar da "vocação para a paz" do país.

– Defesa tem que ter para não usar – comentou. (Folhapress)

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