Brasília (12/09/2008) – Cerca de 10 mil militares da Marinha, Exército e Aeronáutica estarão em ação a partir desta sexta-feira em um exercício combinado para defender a região rica em minérios da Serra do Mar e as bacias de petróleo e gás do litoral sudeste. É a Operação Atlântico, coordenada pelo Ministério da Defesa e que acontecerá até o dia 26 de setembro nos litorais do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Estarão envolvidos na operação 17 navios, 40 aeronaves e 327 veículos terrestres das Forças.
Hoje pela manhã, jornalistas e representantes de empresas de petróleo e gás puderam acompanhar, no Rio de Janeiro, o embarque de 1.073 fuzileiros navais que participarão do exercício combinado.
A abertura da operação foi feita pelo Comandante de Operações Navais, Almirante-de-Esquadra Álvaro Luiz Pinto. O Contra-Almirante Edlander Santos, subchefe de Operações Navais e Chefe do Estado-Maior do Comando Combinado Atlântico, detalhou os exercícios e as atividades que serão realizadas e ressaltou a importância das operações combinadas para o adestramento e a interoperabilidade das Forças Armadas.
As atividades de abertura da Atlântico foram encerradas com uma visitação ao Navio de Desembarque de Carros de Combate “Garcia D´Avila” (G29), incorporado recentemente à Marinha brasileira e que está participando de seu primeiro exercício. No cenário fictício de guerra onde se desenrola a Operação Atlântico, a “Amazônia Azul brasileira está sob risco de ataque militar. O Brasil é o país “verde” e o território brasileiro e suas águas jurisdicionais estão sob ameaça de invasão do país “amarelo”, que quer ocupar a região da “Serra do Mar” e um mega campo de petróleo e gás, denominado “Yptu”, situado em áreas marítimas. Caberá às Forças da Marinha, Exército e Aeronáutica levar o país “amarelo” a desistir de seus planos de agressão.
Embora seja uma guerra simulada, a movimentação real de homens e equipamentos feita na operação combinada, de acordo com os planos militares, permite aos comandantes das Forças testar a adequação dos planos elaborados e a adaptação dos oficiais às mudanças de circunstâncias que ocorrem em uma operação real.
A cada ano o Ministério da Defesa realiza operações combinadas em diversas regiões do País, sempre procurando preparar-se para defesa de áreas de interesse estratégico para o Brasil. Em agosto, foi realizada a Operação Poraquê nos Estados de Amazonas e Roraima. Durantes as operações combinadas também são realizadas Ações Cívico-Sociais (ACISOS), de modo a contribuir para a intensificação da presença do Estado e das Forças Armadas na área de operações do exercício.
Durante a Operação Atlântico, 413 militares prestarão atendimento médico e odontológico e farão a manutenção das instalações de escolas e prédios públicos nas regiões de Iconha, Itapemirim, Macaé, Marataízes, Piúma e São Sebastião, no Espírito Santo.
Mais informações sobre a Operação Atlântico no site: www.mar.mil.br/atlantico