Lula aprova novo plano para as Forças Armadas
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BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu convocar o Conselho de Defesa Nacional para apresentar o Plano Estratégico Nacional de Defesa, elaborado no último ano, sob a responsabilidade dos ministros da Defesa, Nelson Jobim, e da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, que prevê aumentos no orçamento das três Forças de 1,5% para 2,5% do PIB. O plano foi aprovado ontem por Lula. Como o conselho é integrado também pelos presidentes da Câmara e do Senado, com a reunião, o presidente brasileiro pretende abrir a discussão pública sobre a necessidade de fazer uma mudança radical da política de defesa, com reequipamento das Forças Armadas e fortalecimento da indústria bélica.
Na reunião, que poderá ser convocada até o final deste mês, será apresentado todo o teor do projeto, que tem mais de cem páginas e está distribuído em três principais vertentes: reconfiguração, reorientação e reposicionamento da Forças Armadas, reconstrução nacional da indústria de defesa, tanto em seu componente privado, quanto no estatal, e recomposição das Forças Armadas, passando pela idéia de tornar o serviço militar realmente obrigatório e criando o serviço social obrigatório, que poderia passar a ser exigido não só de homens, como de mulheres.
O Plano Estratégico de Defesa estava previsto para ser anunciado no dia 7 de setembro, mas foi adiado para que não coincidisse com a visita da presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Mangabeira Unger disse que a reforma nas Forças Armadas dentro do Plano Estratégico está sendo proposta a partir do trinômio monitoramento, mobilidade e presença, começando sempre não por armamento e reequipamento, mas por questões estratégicas.
Segundo ele, o plano conterá uma parte ostensiva, que é mais genérica, com grandes diretrizes estratégicas e propostas voltadas para cada uma das três Forças. Terá, também, anexos sigilosos onde estarão explicitadas hipóteses de emprego do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, inclusive, com hipóteses de guerra.
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