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15 setembro 2008

Jobim prevê lobby estrangeiro no Brasil contra indústria nacional de defesa



Porto Alegre (13/9/2008)- O ministro da Defesa, Nelson Jobim, alertou nessa sexta-feira os empresários da indústria brasileira de defesa que o país deverá enfrentar uma ofensiva subterrânea dos concorrentes estrangeiros contra os benefícios à indústria nacional do setor, previstos na Estratégia Nacional de Defesa. Entre os artifícios a serem usados pelos adversários, na previsão do ministro, estarão alianças de grupos estrangeiros com segmentos pacifistas brasileiros, em prol de um suposto discurso anti-belicista. O alerta foi dado em encontro na Forjas Taurus, no segundo e último dia de visita de comitiva ministerial ao pólo industrial de Defesa do Rio Grande do Sul. "O embate, ao fim e ao cabo, é comercial", sintetizou Jobim.

O ministro lembrou que a nova estratégia prevê privilégio à indústria nacional, nas aquisições destinadas às forças armadas brasileiras, desde que associadas a compromissos dos fabricantes em melhorar seus produtos e buscar preços cada vez mais competitivos em relação ao mercado internacional. Com essa política, será possível, segundo Jobim, ajudar a consolidar a indústria nacional do setor, fortalecer a autonomia industrial e tecnológica brasileira e sua política dissuasória na área de Defesa.

Mas a implementação das medidas, segundo o ministro, dependerá de árduos debates no Congresso e da mobilização dos empresários, para enfrentar a resistências dos concorrentes e garantir a mudança da legislação. "Os grupos que não quiserem transferir tecnologia para o Brasil, vão fazer discurso para inviabilizar a instalação dessa indústria", previu. Empresas estrangeiras que disputam mercados com companhias brasileiras, aqui e no exterior, quando não têm interesse em se instalar no País, costumam atuar direta e indiretamente para criar obstáculos à atuação das companhias nacionais.

Jobim observou que certos setores da mídia internacional já trazem referências à reestruturação da defesa brasileira como parte de uma suposta corrida armamentista na América do Sul, indicativo de uma tentativa de desqualificação do processo. "Precisamos definir qual é a agenda brasileira, e não qual é a agenda que o mundo quer que o Brasil desempenhe", reagiu. Na visão dele, a reestruturação da defesa brasileira não tem por objetivo um inimigo, mas a busca da capacitação tecnológica e industrial do Brasil.

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