Aranha no cockpit
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Dois caças Lockheed F-16AM da Real Força Aérea Holandesa (RNLAF) levantaram vôo do Aeroporto Internacional de Kabul, no dia 31 de Agosto de 2006, para mais uma missão em apoio às tropas da OTAN operando no Afeganistão.
Após a decolagem, os dois jatos rumaram para sudoeste, equipados com pods designadores Lantirn e bombas guiadas a laser GBU-12, em vôo no Flight Level 320 (32.000 pés acima do nível do mar), cerca de 10.000 metros, e a uma velocidade relativamente baixa, de 280 milhas/hora (cerca de 500km/h).
Após cerca de 4 minutos de vôo e cruzar por um avião comercial, que estava voando a 1.000 pés acima dos caças (300m), o piloto do F-16AM líder, Capitão Michael Donkervoort, emitiu um “mayday call” (chamado de emergência).
Seu ala voando a uma distância de cerca de 5 km viu o F-16AM de Donkervoort megulhar e realizar uma curva para a direita. Sem qualquer outro chamado do piloto o jato espatifou-se contra uma montanha a 3.000 metros de altura, 30 segundos após, em um impacto quase na vertical com o nariz do caça a 80º e alta velocidade (aproximadamente Mach 1,2). O capitão Donkervoort morreu instantaneamente.
Uma das suspeitas de ter causado o acidente é a Spider Camel (Aranha Camelo), um grande aracnídeo muito comum no Afeganistão. Houve outro caso da mesma aranha ter sido encontrada no cockpit de um F-16 estacionado perto do deserto.
Em uma carta anexa ao relatório de investigação do acidente, o Ministério da Defesa Holandês anunciou uma medida padrão para checar o cockpit de cada avião antes do vôo, especialmente para a presença de insetos, aracnídeos ou outros animais, se o canopi ficar aberto por um longo período de tempo.