CECOMSAER
Cerca de mil militares da Força Aérea Brasileira (FAB) participaram da Operação Poraquê, exercício simulado realizado nos estados do Amazonas e Roraima, entre os dias 4 e 15 de agosto. A maior operação do Ministério da Defesa em 2008 teve por objetivo testar e aprimorar a capacidade de Marinha, Exército e Aeronáutica operarem juntas na região amazônica, bem como treinar os Comandos e Estados-Maiores para ações de planejamento e controle em cenário de conflito armado na região Amazônica.
O conflito fictício que levou o nome de um peixe-elétrico da região envolveu mais de 60 aeronaves, nove helicópteros, nove navios e 5,3 mil militares das Forças Armadas Brasileiras. Trabalhando sob a hipótese de uma guerra entre os países “Verde” e “Amarelo”, tripulações e equipes de apoio de todas as regiões do Brasil tiveram oportunidade de preparar-se para uma possível guerra nesta região tão peculiar do País que é a nossa Amazônia. Foi a primeira vez que os caças supersônicos Mirage F2000 voaram sobre os céus na maior floresta tropical do planeta.
Na “batalha”, a Força Aérea Componente (FAC 107), braço armado da Força Aérea Brasileira (FAB) na ocasião, realizou inúmeras missões de Ataque, Reabastecimento em Vôo, Controle e Alarme em vôo, Interceptação, Evacuação Aeromédica, Infiltração Aérea, Escolta, Reconhecimento Aéreo e Combate SAR.
Para o comandante da FAC 107, Brigadeiro-do-Ar Jaime Glacir Taranto, a Poraquê permitiu a mobilização de homens e equipamentos, fazendo com que as três forças pudessem melhorar a sua capacidade de planejamento e concentração de meios na Amazônia. “Temos que melhorar a doutrina de emprego conjunto. Percebi nesta operação as Forças atuando cada vez mais próximas e integradas. Juntos somos mais fortes”, disse o Brigadeiro Taranto ao seu efetivo durante a reunião de encerramento das atividades, destacando a presença dos oficiais de ligação do Exército e da Marinha no quartel-general da FAC 107 ao longo do conflito simulado.
Durante o exercício, foram realizadas Ações Cívico-Sociais (ACISO) que atenderam mais de cinco mil pessoas nas cidades amazonenses de Novo Airão, Barcelos, Balbina e Jundiá, as quais compunham o cenário fictício da operação. Atendimentos médicos-odontológicos foram realizados nos Navios-hospitais da Marinha por militares do Exército e da Força Aérea Brasileira, com o apoio de estrutura de saúde do estado do Amazonas e dos municípios da área da Operação. Também houve nessas ocasiões emissão de documentos, plantio de mudas de árvores e foram ministradas palestras sobre educação e higiene bucal para estudantes.
Participaram da Operação Poraquê:
A-29 (SUPER TUCANO), do 2º/3º GAV;
KC-137 (BOEING), do 2º/2º GT;
SC-95 (BANDEIRANTE), do 2º/10º GAV;
C-98 (CARAVAN), do 7º ETA;
C-97 (BRASÍLIA), do 7º ETA;
C-99A (EMBRAER 145), do 1º/2º GT;
C-130 (HÉRCULES), do 1º/1º GT;
C-130 (HÉRCULES), do 1º GTT;
C-105 (AMAZONAS), do 1º/9º GAV;
R-99A (EMBRAER 145), do 2º/6º GAV;
H-60 (BLACKHAWK), do 7º/8º GAV;
H1-H (IROQUOIS),1º/8º GAV;
H-50 (ESQUILO), 2º/8º GAV;
F-2000 (MIRAGE), 1º GDA;
RA-1(AMX), 1º/10º GAV;
A-1 (AMX), 3º/10º GAV;
C-95B (BANDEIRANTE), 1º/15º GAV;
C-95B (BANDEIRANTE), 1º ETA; e
C-95(BANDEIRANTE), 6º ETA.