Responderemos com armas e tecnologia
O ministro de negócios estrangeiros da Rússia afirmou nesta terça-feira que a Rússia será forçada a responder, não apenas por meios diplomáticos mas, também, utilizando meios militares e tecnológicos perante a instalação de sistemas de defesa anti-míssil norte-americanos em países do Leste da Europa.
A violenta declaração russa, considerada por meios ocidentais como uma ameaça, ocorre no mesmo dia em que a secretária de estado norte-americana Condoleeza Rice assinou um acordo entre os EUA e a República Checa, que vai permitir a instalação, naquele país europeu, de um sistema de radar destinado a rastrear possíveis lançamentos de mísseis vindos do leste e destinados a atingir os EUA ou a Europa Ocidental.
Os EUA tem afirmado, repetidas vezes, que as instalações norte-americanas, radares e mísseis, se destinam, única e exclusivamente, a interceptar mísseis hostis que possam ser lançados contra a Europa por estados considerados perigosos, principalmente pelo Irã.
É no entanto claro que, embora as autoridades russas tenham recebido todas as garantias de que o sistema não poderá ser utilizado contra a Rússia, tendo mesmo sido permitida a vistoria das instalações por parte dos russos, ele não deixa de ser um sistema que desequilibra a relação de poder entre os EUA e a Rússia.
Razões da irritação russa
Os russos estão irritados, principalmente, porque a colocação desse sistema na Europa complica a vida dos novos mísseis russos Topol.
O sistema russo é extremamente sofisticado e praticamente impossível de atacar por sistemas anti-míssil porque, quando chega à fase final do seu percurso, cada uma das ogivas pode ser dirigida para alvos alternativos.
Como os sistemas anti-míssil dos EUA se baseiam no trajeto balístico para prever onde os hipotéticos mísseis russos cairiam, eles não têm tempo suficiente para fazer os cálculos e para atingir as ogivas do sistema Topol.
Mas com a colocação de um sistema de defesa na Europa, mísseis modernos como o Topol podem encontrar um problema para o qual não foram pensados. Ou seja, um sistema de interceptação que não pretende atingir os mísseis russos quando eles se aproximam dos alvos, interceptando-os, em vez disso, na fase inicial do vôo.
A Rússia reduziu consideravelmente o número de mísseis operacionais e o número de submarinos equipados com armamento nuclear, pretendendo basear a sua capacidade de dissuasão em sistemas mais modernos como o Topol que, quando foi lançado, era praticamente impossível de contrariar.
Por esta razão, e embora o sistema norte-americano possa ter, efetivamente, como objetivo garantir uma possível resposta a um ataque nuclear do Irã, eles também podem tornar ultrapassados os mais modernos mísseis russos.
Aparentemente, esta não deixará de estar entre as principais razões de irritação do Kremlin.
O ministro de negócios estrangeiros da Rússia afirmou nesta terça-feira que a Rússia será forçada a responder, não apenas por meios diplomáticos mas, também, utilizando meios militares e tecnológicos perante a instalação de sistemas de defesa anti-míssil norte-americanos em países do Leste da Europa.
A violenta declaração russa, considerada por meios ocidentais como uma ameaça, ocorre no mesmo dia em que a secretária de estado norte-americana Condoleeza Rice assinou um acordo entre os EUA e a República Checa, que vai permitir a instalação, naquele país europeu, de um sistema de radar destinado a rastrear possíveis lançamentos de mísseis vindos do leste e destinados a atingir os EUA ou a Europa Ocidental.
Os EUA tem afirmado, repetidas vezes, que as instalações norte-americanas, radares e mísseis, se destinam, única e exclusivamente, a interceptar mísseis hostis que possam ser lançados contra a Europa por estados considerados perigosos, principalmente pelo Irã.
É no entanto claro que, embora as autoridades russas tenham recebido todas as garantias de que o sistema não poderá ser utilizado contra a Rússia, tendo mesmo sido permitida a vistoria das instalações por parte dos russos, ele não deixa de ser um sistema que desequilibra a relação de poder entre os EUA e a Rússia.
Razões da irritação russa
Os russos estão irritados, principalmente, porque a colocação desse sistema na Europa complica a vida dos novos mísseis russos Topol.
O sistema russo é extremamente sofisticado e praticamente impossível de atacar por sistemas anti-míssil porque, quando chega à fase final do seu percurso, cada uma das ogivas pode ser dirigida para alvos alternativos.
Como os sistemas anti-míssil dos EUA se baseiam no trajeto balístico para prever onde os hipotéticos mísseis russos cairiam, eles não têm tempo suficiente para fazer os cálculos e para atingir as ogivas do sistema Topol.
Mas com a colocação de um sistema de defesa na Europa, mísseis modernos como o Topol podem encontrar um problema para o qual não foram pensados. Ou seja, um sistema de interceptação que não pretende atingir os mísseis russos quando eles se aproximam dos alvos, interceptando-os, em vez disso, na fase inicial do vôo.
A Rússia reduziu consideravelmente o número de mísseis operacionais e o número de submarinos equipados com armamento nuclear, pretendendo basear a sua capacidade de dissuasão em sistemas mais modernos como o Topol que, quando foi lançado, era praticamente impossível de contrariar.
Por esta razão, e embora o sistema norte-americano possa ter, efetivamente, como objetivo garantir uma possível resposta a um ataque nuclear do Irã, eles também podem tornar ultrapassados os mais modernos mísseis russos.
Aparentemente, esta não deixará de estar entre as principais razões de irritação do Kremlin.