Equador e Peru compram helicópteros ligeiros indianos
O Equador tornou-se o primeiro país do mundo a assinar um contrato de aquisição de helicópteros à indústria aeronáutica da União Indiana, ao ter efetuado um acordo de aquisição de sete unidades do helicóptero ligeiro conhecido como DHRUV, fabricado na Índia pela empresa HAL Industan. Além do Equador, também foi anunciado pela imprensa indiana a aquisição de duas aeronaves do mesmo tipo pelo Peru, onde será utilizado como aeronave-ambulância.
O DHRUV é uma aeronave ligeira de transporte que pode ser utilizada em operações militares, que está em desenvolvimento na União Indiana desde 1992. Nestes 16 anos de desenvolvimento a aeronave não foi adquirida por nenhum país, ou força armada, e só em 1997 começaram os primeiros testes na Índia, pensando na possível aquisição do helicóptero pelas Forças Armadas do país.
O DHRUV é um helicóptero ligeiro com capacidade para transportar de 12 a 14 passageiros e as suas performances na Índia foram consideradas, apenas, suficientes. Ele não é tão rápido quanto outros concorrentes e não apresenta grandes vantagens comparativas com aeronaves de fabrico russo, que são normalmente concorrentes de peso em mercados onde o preço é sempre de grande importância.
No entanto, onde o DHRUV joga os seus trunfos, e onde parece ser superior a outras aeronaves, é na sua capacidade de operar em altitudes. O fabricante passou a incluir um motor de origem francesa Turbomeca TM333-2B2, depois de as autoridades militares indianas terem proposto um aumento de potência para o aparelho por causa de problemas ocorridos em escaramuças fronteiriças com o Paquistão, onde os DHRUV foram testados em condições reais.
A aeronave agora adquirida por equatorianos e peruanos terá, por isso, apresentado como um dos seu principais argumentos de vendas, a capacidade de operar nas montanhas dos Andes e poder ser utilizado, operacionalmente, tanto em grandes altitudes como com temperaturas elevadas.
Por um preço ligeiramente inferior a 5 milhões de euros (R$ 12 milhões) por unidade, a aeronave indiana tem um preço ligeiramente inferior ao preço apresentado pelos seus concorrentes da Rússia, que já tem um mercado criado nos países da América do Sul.