Caracas quer tanque de última geração

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Venezuela negocia compra do T-90, o mais avançado do arsenal russo



Roberto Godoy

A lista de compras de sistemas militares que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, levou a Moscou, foi frustrada - havia submarinos, novos caças e tanques pesados na relação. Não deu certo. No dia 23, em entrevista coletiva no gabinete do presidente Dmitri Medvedev, Chávez só pôde anunciar uma encomenda que, de resto, já estava definida desde 2007 - a aquisição dos avançados mísseis antiaéreos Tor-M1 e M2, iguais aos vendidos para o Irã.

(TOR M2)

O valor inicial do contrato é estimado em US$ 290 milhões, cobrindo um número não revelado de baterias de lançamento. Os mísseis vão atuar integrados a estações de radar importadas da China.

O Tor-M1 é uma arma sofisticada. Montado sobre um veículo blindado, o disparador transporta oito mísseis prontos para serem usados. O tempo de detecção do alvo é de oito segundos. Os sensores podem rastrear até 48 alvos simultâneamente, dando prioridade aos alvos pelo grau de ameaça. A ogiva de fragmentação pesa 15 quilos.

Os outros equipamentos, foram considerados "sob negociações". Houve, entretanto, uma surpresa: o Ministério da Defesa admitiu, em Moscou, que poderá fornecer tanques pesados T-90C, os mais avançados do arsenal russo. São grandes máquinas de guerra, pesando 46 toneladas e armados com canhões de 125 mm - a munição é supersônica, com guia a laser - mais duas metralhadoras e um lançador de mísseis antiblindados.

Modernos, construídos com novas ligas metálicas de baixo peso e alta resistência, levam grande carga eletrônica digital a bordo. Medem 9,5 metros de comprimento. Têm autonomia de 750 km, com três tripulantes. Preço: US$ 3,5 milhões. Chávez quer 250 unidades, em dois lotes de 125.

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