O governo brasileiro estuda antecipar a entrega dos aviões Super Tucano encomendados à Embraer pelo governo de Rafael Correa, do Equador.
Valor
De Tucumán - Correa pretende comprar do Brasil, para as forças Armadas equatorianas, 24 aeronaves Super Tucano, o mesmo tipo de avião usado pelo governo da Colômbia para atacar, em território do Equador, o acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O ataque, em março, causou a morte de um dos principais líderes da guerrilha, Raúl Reyes, e numa crise até agora não resolvida entre os dois países.
De Tucumán - Correa pretende comprar do Brasil, para as forças Armadas equatorianas, 24 aeronaves Super Tucano, o mesmo tipo de avião usado pelo governo da Colômbia para atacar, em território do Equador, o acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O ataque, em março, causou a morte de um dos principais líderes da guerrilha, Raúl Reyes, e numa crise até agora não resolvida entre os dois países.
A-29 Super Tucano | Reprodução |
Especialistas como Roberto Portela Bertazzo, da Universidade Federal de Juiz de Fora, atribuem ao sucesso da operação colombiana no ataque de precisão às Farc a decisão do Equador de optar pela compra dos Super Tucanos para reforçar a combalida Força Aérea Equatoriana, composta na maioria por aviões com mais de 30 anos de vida, sem capacidade para operações noturnas.
Calcula-se que a compra das aeronaves da Embraer custará entre US$ 214 milhões a US$ 270 milhões ao Equador, que deverá receber apoio financeiro do BNDES para o negócio.
Comprometida com encomendas para a Força Aérea Brasileira, porém, a Embraer informou ao Equador que haverá demora de pelo menos dois anos para entrega das aeronaves. Correa apelou ao governo brasileiro, que discutiu o assunto há cerca de uma semana, durante a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e parte de seus ministros, dedicada aos projetos brasileiros de apoio aos vizinhos na América do Sul. Por determinação de Lula, o ministro da Defesa, Nélson Jobim, se encarregou de discutir com a FAB a cessão, ao Equador, da prioridade conferida pela Embraer, na compra de pelo menos dois Super Tucanos, para garantir a entrega das aeronaves ao governo de Correa nos próximos meses. (SL)