José Ramos
O Brasil possui cinco submarinos convencionais, com geradores a diesel: Tupi (S30), Tamoio (S31), Timbira (S 32), Tapajós (S33) e Tikuna (S 34). O primeiro foi importado da Alemanha, mas os quatro últimos já foram produzidos no Brasil, com transferência de tecnologia da Alemanha. O Tikuna, que começou a ser construído em 1996 e foi lançado em 2005, já apresenta diversas inovações dos engenheiros brasileiros, em relação aos anteriores.
O ministro Nelson Jobim, em sua visita de inspeção ao Rio de Janeiro na última semana, passou algumas horas embarcado no Tikuna, e acompanhou a manobra do submarino submerso a 60 metros de profundidade.
O ministro acompanhou a saída do Tikuna acomodado na parte externa do submarino, na borda da vela (espécie de torre que se destaca no centro do submarino). Quase uma hora após deixar a Base Almirante Castro e Silva, na Ilha do Mocanguê Grande, em Niterói (RJ), o submarino deixou a superfície e submergiu.
A manobra foi acompanhada pelo ministro ao lado do Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, do Chefe da Força de Submarinos, Vice-Almirante Arnaldo de Mesquita Bittencourt Filho, e do comandante da embarcação, Capitão-de-Fragata Nelson Nunes da Rosa.
Horas depois, já submerso, o ministro recebeu explicações sobre o funcionamento do submarino, seus principais sistemas de navegação, de locomoção, de mísseis, de resgate de emergência, observou o movimento de superfície por meio dos periscópios, e almoçou a bordo.
O ministro e sua comitiva também enfrentaram o ritual do “batismo”, ao qual são submetidos todos os estreantes neste tipo de embarcação. O ministro foi ungido na testa com graxa, comeu uma porção de sal, os simbólicos elementos do universo submarinista, e foi batizado com o nome do peixe Espadarte, o mesmo que ilustra o brasão do Tikuna.
A história dos submarinos no Brasil teve início em 1906, com o programa de reaparelhamento naval que levou à compra de três submersíveis da classe “Foca” produzidos em estaleiros italianos. Ao longo das décadas, essas embarcações iniciais foram substituídas por submarinos americanos e ingleses, até que na década de 80 o país iniciou o programa de busca da autonomia na produção dessas embarcações.
Em 1989 o Brasil recebeu o submarino Tupi, construído no estaleiro HDW, em Kiel, na Alemanha, e em 1994 produz no país o primeiro equipamento, o Tamoio, tornando-se pioneiro no Hemisfério Sul. O Tikuna, último submarino produzido, é mais moderno e silencioso que os anteriores, da classe Tupi, e tem 62 m de comprimento por 12,5 m de altura, com deslocamento padrão de 1.250 toneladas. Deste total, quase um terço do peso é formado por grandes baterias elétricas.
No sistema convencional, os geradores produzem a eletricidade que alimenta um conjunto de baterias, que por sua vez fazem movimentar os motores de propulsão e atendem às demais necessidades do submarino. No caso do submarino nuclear, o gerador a diesel é substituído por um reator nuclear, que dispensa abastecimentos constantes de combustíveis e as subidas à superfície para alimentar os geradores com oxigênio. Essas características garantem risco menor de ser detectado pelo inimigo.
Apesar dos avanços e do importante papel que esses submarinos convencionais desempenham na estratégia dissuasória do Brasil, o governo do País tomou a decisão de desenvolver um submarino nuclear. A maior autonomia sob a água e a maior velocidade desenvolvida, deverão dar à força de submarinos do Brasil maior capacidade de preservar os oceanos brasileiros longe de eventuais ameaças que possam surgir.
O ministro Nelson Jobim, em sua visita de inspeção ao Rio de Janeiro na última semana, passou algumas horas embarcado no Tikuna, e acompanhou a manobra do submarino submerso a 60 metros de profundidade.
O ministro acompanhou a saída do Tikuna acomodado na parte externa do submarino, na borda da vela (espécie de torre que se destaca no centro do submarino). Quase uma hora após deixar a Base Almirante Castro e Silva, na Ilha do Mocanguê Grande, em Niterói (RJ), o submarino deixou a superfície e submergiu.
A manobra foi acompanhada pelo ministro ao lado do Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, do Chefe da Força de Submarinos, Vice-Almirante Arnaldo de Mesquita Bittencourt Filho, e do comandante da embarcação, Capitão-de-Fragata Nelson Nunes da Rosa.
Horas depois, já submerso, o ministro recebeu explicações sobre o funcionamento do submarino, seus principais sistemas de navegação, de locomoção, de mísseis, de resgate de emergência, observou o movimento de superfície por meio dos periscópios, e almoçou a bordo.
O ministro e sua comitiva também enfrentaram o ritual do “batismo”, ao qual são submetidos todos os estreantes neste tipo de embarcação. O ministro foi ungido na testa com graxa, comeu uma porção de sal, os simbólicos elementos do universo submarinista, e foi batizado com o nome do peixe Espadarte, o mesmo que ilustra o brasão do Tikuna.
A história dos submarinos no Brasil teve início em 1906, com o programa de reaparelhamento naval que levou à compra de três submersíveis da classe “Foca” produzidos em estaleiros italianos. Ao longo das décadas, essas embarcações iniciais foram substituídas por submarinos americanos e ingleses, até que na década de 80 o país iniciou o programa de busca da autonomia na produção dessas embarcações.
Em 1989 o Brasil recebeu o submarino Tupi, construído no estaleiro HDW, em Kiel, na Alemanha, e em 1994 produz no país o primeiro equipamento, o Tamoio, tornando-se pioneiro no Hemisfério Sul. O Tikuna, último submarino produzido, é mais moderno e silencioso que os anteriores, da classe Tupi, e tem 62 m de comprimento por 12,5 m de altura, com deslocamento padrão de 1.250 toneladas. Deste total, quase um terço do peso é formado por grandes baterias elétricas.
No sistema convencional, os geradores produzem a eletricidade que alimenta um conjunto de baterias, que por sua vez fazem movimentar os motores de propulsão e atendem às demais necessidades do submarino. No caso do submarino nuclear, o gerador a diesel é substituído por um reator nuclear, que dispensa abastecimentos constantes de combustíveis e as subidas à superfície para alimentar os geradores com oxigênio. Essas características garantem risco menor de ser detectado pelo inimigo.
Apesar dos avanços e do importante papel que esses submarinos convencionais desempenham na estratégia dissuasória do Brasil, o governo do País tomou a decisão de desenvolver um submarino nuclear. A maior autonomia sob a água e a maior velocidade desenvolvida, deverão dar à força de submarinos do Brasil maior capacidade de preservar os oceanos brasileiros longe de eventuais ameaças que possam surgir.