Da Redação
O vice-primeiro ministro israelense Shaul Mofaz afirmou, em entrevista ao jornal Yediot Ahronot, que Israel irá atacar o Irã, caso o país não abandone o programa nuclear. Mofaz, que também é ministro dos Transportes, também disse que o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad "irá desaparecer antes de Israel".
A declaração contribuiu para a alta do preço do petróleo, que fechou esta sexta-feira (6) com a maior subida já registrada em um único dia.
Para Mofaz, a política de contenção que o ocidente faz com o regime de Teerã não está dando resultado e, por isso, um ataque israelense parece "inevitável".
"As sanções são ineficazes. Devemos atacar", declarou o ministro, nas ameaças mais concretas já feitas por um membro do Executivo israelense contra o Irã.
Em outra ocasião, o primeiro ministro de Israel Ehud Olmert disse que seu país estava preparado para usar a força contra as usinas nucleares iranianas e afirmou na terça-feira (3) que "a ameaça vinda do Irã deve ser parada de todas as maneiras."
Há um precedente para a ameaça de Israel. Em 1981, aviões israelenses destruíram um reator iraquiano inacabado.
O ministro Mofaz também afirmou ter o apoio dos Estados Unidos no ataque.
Em Washington, nesta semana, o assunto dominou as conversas entre Olmert e o presidente norte-americano George W. Bush. Bush chegou a dizer que "o mundo precisa levar a sério a ameaça, da mesma forma que os Estados Unidos fazem."
O Irã insiste que seu programa nuclear tem fins pacíficos e é designado a produzir energia.
Os comentários de Mofaz coincidem com o lançamento de uma campanha para substituir Olmert como chefe do partido governista Kadima, que está sendo investigado sob suspeita de corrupção.
Há alguns dias, a ministra de Relações Exteriores Tzipi Livni, também cotada a substituir Olmert, se expressou de forma pouco diplomática ao referir-se ao Irã.
(Com informações da EFE e da AP)