Segundo porta-aviões francês é demasiado caro para o orçamento da França
O ministro francês da defesa, afirmou nesta Segunda-feira, que perante a actual situação económica francesa, tendo em consideração os cortes orçamentais necessários para equilibrar o deficit do estado, tornavam muito complicada a aquisição do segundo porta-aviões francês.
O governante francês adiantou que a possibilidade de a França efectivamente continuar com o programa de construção do seu segundo porta-aviões está a ser alvo de análises, mas que os custos globais do estado francês com a defesa eram difíceis de manter ao nível actual.
Os programas militares franceses são normalmente afectados por longos períodos de indecisão e o próprio porta-aviões nuclear francês Charles De Gaulle foi objecto de vários cancelamentos e suspensões. A construção do chamado PA2, foi uma decisão política em que a França prescindiu de construir o seu segundo porta-aviões, optando por colaborar com a Grã Bretanha na construção de uma nova classe de três super-navios (uma para a França e dois para a Grã Bretanha). Esperava-se assim reduzir os custos de construção. Mas os dois projectos de porta-aviões ficaram cada vez mais separados e presentemente, com a decisão britânica de construir localmente os seus dois porta-aviões, o PA-2 parece ser cada vez mais um navio órfão.
No entanto, pelas suas características e capacidades o navio será, se vier a ser construído um dos maiores porta-aviões do mundo, ultrapassado apenas pelos porta-aviões norte-americanos.
A sobrecarga francesa do orçamento de defesa, especialmente com os altíssimos custos de desenvolvimento da nova classe de submarinos nucleares, que estão a ser desenvolvidos quase que em paralelo, tem ajudado a exaurir o orçamento de defesa para a marinha de guerra.
Outra opção que resta aos franceses, como ocorreu com o actual porta-aviões é a de adiar o projecto.