É muito querosene para apagar o fogo
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Leandro Mazzini
Os militares brasileiros entraram ontem de sobreaviso em todo o país, informou uma fonte do Exército. Mas a cúpula das Forças Armadas está é furiosa com as trapalhadas dos porta-vozes do país nesta questão do Equador com a Colômbia. Por um motivo óbvio para quem entende de estratégia militar: a partir do momento em que o presidente Lula e Celso Amorim se engajaram na defesa do Equador, o Brasil deixou de ser mediador.
Os militares também vêem com desconfiança os movimentos do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o "entrão" da vez. Movido por petrodólares, o bolivariano quer mostrar ao mundo que tem poder bélico e pode acabar melando acordo pacífico entre os países em crise. Ou seja, Chávez quer apagar o fogo com querosene. É o mesmo combustível que move os discursos "pacíficos" dos senadores aqui.
Arthur Virgílio (PSDB-AM) acusou o Brasil de enviar armas à Venezuela e fez o ministro da Defesa, Nelson Jobim, correr ao Senado para desmentir. Não foi o único a inflamar a Casa. É nobre e constitucional a defesa da fronteira do Brasil. Mas, se depender dos senadores, o Brasil vai entrar em guerra com os três países.
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