Um satélite espião americano gera preocupações sobre a possibilidade de contaminação da atmosfera devido a sua esperada caída sobre a Terra nas próximas semanas, informou AFP.
Segundo um funcionário do governo que pediu para não ser identificado, a sonda contém hidrazina, um combustível de foguetes cujo cheiro lembra amônia e que pode ser tóxico para quem tiver contato com ele. O receio vem aumentando principalmente devido ao segredo absoluto que sempre rodeou esse programa.
O Pentágono confirmou neste domingo que o satélite estava a ponto de abandonar sua órbita. "O Departamento de Defesa está seguindo atentamente a situação", informou a tenente-coronel Karem Finn à AFP.
A oficial se recusou a comentar a suspeita de que o satélite contém substâncias tóxicas, mencionada pela imprensa americana, nem disse de que tipo de satélite se tratava.
O governo também não informou nenhuma data prevista para a queda o artefato.
Os Estados Unidos contam com uma rede de satélites espiões que permite realizar ataques lançados do espaço com precisão de centímetros. As características destes aparelhos, que podem custar mais de um bilhão de dólares, constituem segredo de Estado.
Em janeiro de 1978, um satélite espião soviético (Cosmos 954), movido por um reator nuclear, caiu em uma imensa área desértica no norte do Canadá.
"Muitos satélites saíram de suas órbitas no passado e caíram sem causar danos. Nós planejamos todas as opções disponíveis para mitigar eventuais danos que sua queda possa causar", afirmou no sábado o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Gordon Johndroe, em uma mensagem eletrônica à AFP.