Submarino ultra-moderno da Royal Navy parado devido a bomba de óleo defeituosa
Base Militar
O submarino mais tecnologicamente avançado já construído para a Royal Navy, com um sonar capaz de acompanhar os movimentos dos navios por milhares de milhas, esta na oficina após a falha durante o primeiro teste em uma de suas peças mais básicas.
Um dos mais de um milhão de componentes que perfazem o HMS Astute, o primeiro de uma nova geração de submarinos nucleares de ataque, parou de funcionar criando grandes danos.
O submarino construído pela empresa BAE Systems no seu estaleiro em Barrow-in-Furness, Cumbria, custou mais de £1 bilhão, tendo sido foi lançado em junho e com previsão para ser colocado em operação em 2009. Ele já se encontra atrasado mais de três anos devido a problemas técnicos e de gerência de projeto.
Agora o construtor está trabalhando 24h por dia para garantir que nenhum outro atraso ocorra, depois que os turbogeradores foram danificados, durante um teste dos sistemas, o óleo lubrificante parou de circular. Por cerca de 60 segundos os poderosos turbogeradores rodaram a seco após a falha numa bomba de óleo. As ranhuras decorrentes, agora, têm que ser retificadas em um procedimento muito delicado.
O novo submarino conta com um reator nuclear cujo combustível durará por toda a vida útil do navio com a Royal Navy. Um Mastro óptico digital substitui o periscópio tradicional. Mas a simples falha numa bomba de óleo é uma situação muito vexatória.
"Nós ainda não sabemos se isso vai gerar qualquer atraso no programa, mas eles estão trabalhando para garantir que isso não ocorra," disse a Royal Navy. Fontes na marinha britânica dizem que a culpa pelo incidente é dos fabricantes e que caberia a eles pagar pelo custo do reparo.
A BAE Systems declarou que o trabalho de reparo deve estar concluído até o fim do ano. Um porta voz declarou que: "O incidente é resultado da falha de operação de uma bomba de óleo lubrificante durante o teste do sistema. Uma vez que esta falha tenha sido identificada, o teste foi imediatamente encerrado, mas neste ponto, ambos os turbogeradores já tinham sofrido danos pela falta de lubrificação." O porta voz ainda adicionou: "Não havia nenhum material nuclear dentro do navio naquele momento e o reator não foi afetado."
Os turbogeradores geram eletricidade para os sistemas embarcados e se encontram no compartimento de máquinas, à ré do submarino.
O trabalho de retífica nos eixos dos geradores está sendo realizado dentro do casco do submarino no complexo industrial BAE
Devonshire Dock Hall, em Barrow-in-Furness.
A BAE disse que medidas foram tomadas para garantir que incidentes desta natureza não voltem a ocorrer.
A empresa disse que estava mantida a intenção de entregar o primeiro submarino da nova classe ao Ministério da Defesa no terceiro trimestre de 2008, com a entrada operacional ocorrendo em algum ponto de 2009.
O primeiro destes submarinos de 7,400 toneladas de deslocamento, que substituirão os navios da classe Swiftsure e Trafalgar, já custou mais de £1.2 bilhão. O MoD encomendou quatro dos submarinos, e a Royal Navy espera que no futuro duas ou três unidades a mais sejam encomendadas. Os outros três em construção são HMS Ambush, HMS Artful e HMS Audacious. Os planos atuais do Ministério da Defesa são de contar com uma frota de sete submarinos "hunter-killer" em 2022.