Segundo informações das várias emissoras de TV dos Estados Unidos entretanto confirmadas pelo Pentágono, vários pequenos navios de guerra da marinha da Guarda Revolucionária do Irão ameaçaram três navios de guerra norte-americanos no estreito de Ormuz.
“…Vou na tua direcção (…) dentro de dois minutos vais explodir…” terão sido as palavras, em inglês, utilizadas pelos iranianos na proximidade dos navios dos Estados Unidos.
Perante o tipo de ameaça e conforme as regras determinadas para este tipo de possível ameaça, os navios dos Estados Unidos entraram em estado de alerta e estiveram a poucos momentos de disparar sobre as lanchas iranianas.
A ocorrência teve lugar no estratégico estreito de Ormuz, quando cinco pequenos navios de guerra da marinha do Irão, pertencentes à força para-militar iraniana conhecida como Guardas da Revolução se aproximaram a alta velocidade pela proa do cruzador USS Port Royal (classe Ticonderoga) do contratorpedeiro USS Hooper (classe Arleigh Burke) e da fragata USS Ingraham (classe Perry).
As lanchas iranianas começaram a deitar caixas ao mar, em frente aos navios americanos e enquanto se dirigiam na sua direcção numa acção que foi complementada por ameaças através da rádio. Isto levou os navios dos Estados Unidos a efectuar manobras de emergência para evitar as caixas que foram deitadas ao mar pelos barcos iranianos.
As relações entre o Irão e os Estados Unidos são tradicionalmente tensas e a Guarda da Revolução já efectuou operações contra navios ocidentais, como a que ocorreu em Março de 2007 com o aprisionamento de um grupo de militares britânicos que andavam em patrulha nas águas fronteiriças entre Irão e Iraque.
A Guarda da Revolução é uma entidade militarizada que funciona independentemente do exército, marinha ou força-aérea iranianas. Trata-se de um organismo politico-militar destinado a garantir o domínio e continuação do sistema teocrático implantado após a queda do Xá Rheza Palhevi em 1979.
Os guardas da revolução têm sido acusados pelos Estados Unidos de envolvimento directo como o fornecimento ilegal de armas ao movimento fundamentalista Hezbollah. Além disso, a relação entre a Guarda da Revolução e as forças armadas iranianas não é das melhores, existindo persistentes rumores de rivalidades entre as tropas regulares e os guardas revolucionários que em alguns casos têm acesso a armas mais recentes e modernas que as do próprio exército.
O incidente não foi referido na televisão ou em qualquer órgão de comunicação social iraniano embora um comunicado oficial tenha reconhecido o incidente afirmando que se tratava de uma ocorrência normal.
Analistas citados pela imprensa e televisões dos Estados Unidos adiantaram que entre os objectivos iranianos poderia estar a intenção de criar incidentes entre os dois países numa altura em que o presidente dos Estados Unidos visita o Médio Oriente, em mais uma tentativa de apoio à resolução dos problemas entre Israel e a Palestina, tentativa em que os norte-americanos se têm esforçado por deixar o Irão tão isolado quanto possível.
A marinha dos Estados Unidos entretanto, disse em forma de aviso, que o Irão deverá ter cuidado com as suas acções navais, para evitar possíveis graves consequências.
Guardas da revolução ameaçam ataque a navio americano
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