Governo terá projeto para a indústria de Defesa
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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta sexta-feira, 23 que no próximo ano, o governo vai trabalhar em um projeto que permita o fortalecimento e a consolidação da indústria nacional de Defesa.
O anúncio foi feito no município de Itajubá (MG), após o ministro ter encerrado a viagem de dois dias às indústrias de Defesa do Vale do Paraíba.
Segundo Jobim, "agora nós vamos trabalhar no ano que vem para fazer um grande projeto de concentração dessas forças, para fazer uma criação fundamental de um centro tecnológico independente no Brasil".
Nelson Jobim afirmou que não haverá a centralização física das indústrias, mas a integração de seus projetos, de acordo com as prioridades do país.
"Essas empresas e o Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA) estão operando dentro de uma lógica própria. O que nós precisamos é, definindo as tarefas de Defesa, que é exatamente o projeto estratégico de Defesa, essas empresas possam integrar esse processo para que nós tenhamos a formação de uma sólida tecnologia independente no Brasil", afirmou.
Conforme já anunciado, um dos instrumentos de fortalecimento do setor passa por uma nova política de compras públicas, para que o governo brasileiro tenha como privilegiar empresas nacionais comprometidas em projetos de melhoria de custos e desempenho de produtos essenciais à autonomia do país.
Nelson Jobim também destacou o interesse do Congresso na revitalização da indústria de Defesa do país. Durante os dois dias de viagem, o ministro esteve acompanhado de onze deputados de vários partidos, que visitaram indústrias como Embraer, Mectron e Avibras, Helibrás e Imbel, além do CTA.
"Em relação à Helibrás, já há um estudo do governo brasileiro para um bom entendimento no sentido de desenvolvimento da Helibrás, que vai representar investimentos franceses importantes na região, e nós vamos apoiar tudo isso", revelou o ministro.
Ele reafirmou a decisão do governo de exigir transferência de tecnologia dos fornecedores de equipamentos de Defesa.
"O que nós queremos deixar claro é que essas demandas das Forças Armadas e do projeto de Defesa Nacional passam pela necessidade de transferência de tecnologia. Só faremos negócio com o exterior, na compra de qualquer tipo de equipamento, desde que se importe tecnologia. Porque o grande projeto desse conjunto é exatamente termos um centro tecnológico independente", explicou.
Nesta segunda-feira, o ministro Nelson Jobim participou da cerimônia de apresentação dos novos oficiais generais ao presidente da República e teve encontro com o Almirante Othon Luiz Pinheiro, diretor-presidente da Eletronuclear.
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