As recentes e múltiplas notícias de ataques cibernéticos conduzidos a partir da China contra alvos nos EUA, na Alemanha, Austrália e contra outros alvos Ocidentais foram reforçados pela divulgação de um relatório do Pentágono divulgado pelo jornal “The Times” onde se detalham os planos chineses para um ciberataque minucioso contra a frota a extensa e vital frota de porta-aviões da marinha dos EUA.
O relatório descreve um plano de acção, elaborado por dois hackers chineses trabalhando para o Exército Chinês e que estará incluído num plano chinês para conquistar “o domínio electrónico” sobre os seus rivais até 2050. O objectivo inicial de qualquer operação militar chinesa passaria pela activação deste plano contra os grupos de batalha liderados pelos porta-aviões e tem a assinatura de dois responsáveis da força aérea chinesa e é o resultado de anos de recolha de informações sobre os sistemas informáticos ocidentais, e especialmente os dos militares americanos. Em Agosto e Setembro de 2005, hackers chineses invadiram vários computadores do Departamento de Estado dos EUA (o equivalente ao nosso Ministério dos Negócios Estrangeiros) e centenas de computadores tiveram que ser substituídos ou vistoriados em consequência… Um outro ataque proveniente da China afectou também a rede do US Naval War College em Novembro deste ano, obrigando ao shutdown dos seus sistemas durante várias semanas.
Na verdade, pode não ser tão difícil como parece penetrar nos sistemas informáticos de um Porta-Aviões americano… O novo porta-aviões ainda em construção CVN-77 “George H. W. Bush” (não este, o pai…) vai correr sobre uma variante do Windows 2000 especialmente concebida para o navio… E agora, deverá estar a ser adaptada para o Windows Server 2007, já que quando começou a construção era o 2000 Server o sistema comercializado pela Microsoft e esta ainda não terminou. Sabe-se que este “Windows 2007 Aircraft Carrier Version” será responsável pelos sistemas de comando e controlo dos três centros de decisão do navio.
Por outro lado, em Agosto de 2000 corria o rumor de que o Windows NT 4 Server instalado num crusador Aegis (o “USS Yorktown“) teria sido o responsável pela imobilização do navio, no porto, durante 3 meses. A informação foi depois negada pela Microsoft, alegando que a paragem se deveu a um problema com a rede (LAN) do navio, e não com o sistema operativo.
Aparentemente, um engenheiro de redes do Yorktown inseriu um só zero numa base de dados do navio. Após isto a base de dados entrou em sobrecarga e os 27 servidores Pentium Pro 200 MHz com Windows NT4 colapsaram, um após outro… Ok… Não seria um erro do NT4, mas estou foi ao ar, não foi? Com uma tamanha área de ataque, correndo o sistema operativo mais conhecido pelos hackers e contendo sempre a sua invariável quota parte de bugs e exploits a selecção do Windows terá sido uma escolha sensata?