O projecto de conceber um laser transportado num avião 747 concluiu recentemente um conjunto de testes de disparo sobre alvos simulados e os seus parceiros (Boeing, Lockheed Martin e Northrop Grumman) celebraram os testes de fogo contra um alvo rebocado que são o último passo do programa “Airborne Laser Program” até ao disparo real contra um míssil em vôo que deverá ser efectuado em Agosto de 2009.
O laser químico do ABL tem pelo menos um Megawatt de potência e foi concebido para abater mísseis balísticos lançados de países como a Coreia do Norte, o Irão ou a Síria e o seu alvo não é a ogiva - um alvo menor - mas o tanque de combustível do míssil, um alvo consideravelmente maior e sob pressão do combustível interno, o que facilitará a sua explosão, se aquecido pelo Laser.
O ABL é um componente do projecto americano de Defesa Anti-míssil, mas foi recentemente afectado pelo corte orçamental imposto pelo Congresso de 250 milhões de USDs, o que retardou os testes em pelo menos dois anos. De facto, o custo é o grande opositor do ABL… Cada 747 modificado deverá custar mais de 1,5 biliões de dólares, e os 7 aparelhos que se prevêm virem a ser construídos serão um autêntico pesadelo orçamental, mesmo para o imenso orçamento de defesa americano…
Se o projecto ABL não vingar, isto é, se o Congresso não aprovar a continuação do projecto por causa dos seus custos astronómicos, o laser desenvolvido poderá ser instalado numa estação terrestre fixa, nas imediações de uma grande cidade ou de um silo de lançamento de mísseis e ser um componente do abandonado projecto ABM dos EUA. Neste caso, contudo, a eficiência do sistema será menor, assim como o seu alcance, já que a maior camada atmosférica que o laser terá que atravessar vai reduzir o alcance e a potência do laser.
Fonte: Military.com