InfoRel
Na última quarta-feira, 10, cerca de 3.500 militares da Marinha, Exército e Aeronáutica, iniciaram a Operação Pantanal, exercício combinado que será realizado até o dia 20 no Mato Grosso do Sul, coordenado pelo Ministério da Defesa e sob a responsabilidade do Comando Militar do Oeste (CMO).
A Marinha participa com navios, helicópteros e lanchas. O Exército tem brigadas mecanizada, motorizada, de artilharia antiaérea, pára-quedista, entre outras. Já a Força Aérea emprega diferentes aeronaves, como o C-95 Bandeirante e o C-105 Amazonas.
O Ministério da Defesa informou que estão sendo realizados exercícios com tropas no terreno, além de treinamentos dentro da estrutura de Comando e Controle, nos moldes utilizados nos mais recentes conflitos internacionais.
Além disso, estão sendo testados, ainda, apoios logístico e de comunicações próprios para o emprego combinado das três Forças Armadas, procurando adestrá-las no planejamento e execução de operações, visando a interoperabilidade.
O MD explicou ainda que a Operação Pantanal simula uma situação de guerra entre dois países pelo controle de regiões estratégicas e integridade territorial, de maneira a combinar forças militares no Rio Paraguai, no ar e na terra, de forma coordenada para atingir um objetivo de interesse para o país, como a manutenção da soberania nacional.
Um dos objetivos principais é manter as Forças Armadas atualizadas e treinadas para atuar, a qualquer momento, em qualquer ponto do território nacional.
O Estado-Maior de Defesa acompanham o desenrolar do exercício, verificando o cumprimento das doutrinas afetas aos Comandos Combinados, e também supervisiona e orienta as ações de Comando e Controle no nível político-estratégico.
Meios empregados
Os seguintes meios, resumidamente, participarão da Operação Pantanal:
Marinha - Uma força Tarefa do Comando do 6º Distrito Naval e Força de Fuzileiros Navais, GRUMEC: seis navios, quatro helicópteros e três lanchas;
Exército: uma brigada Mecanizada, uma brigada Motorizada, uma brigada de Fronteira, uma brigada de Artilharia Antiaérea, uma brigada Pára-quedista, uma brigada de Infantaria Leve, uma Brigada de Operações Especiais, dentre outros;
Força Aérea Brasileira: cinco aeronaves, sendo dois C-95 Bandeirante, um C-97 Caravan, um KC-137 e um C-105 Amazonas.
Assistência Cívico-Social (ACISO) no Pantanal
Na região do Pantanal, o Comando do 6º Distrito Naval em parceria com a Prefeitura de Corumbá, realiza Assistência Cívico-Social (ACISO) às comunidades ribeirinhas do Rio Paraguai, do município de Corumbá, região carente de infra-estrutura sanitária e médica.
Os Navios do Com6ºDN tem sido fundamentais para o atendimento das centenas de famílias residentes nessas regiões, proporcionando aos militares do Hospital Naval de Ladário realizarem atendimentos médicos e odontológicos, vacinação de pessoas, vacinação anti-rábica, orientação e prevenção a dengue, chagas e outras doenças endêmicas, orientação sobre programa de saúde do adolescente, saúde da mulher, Doenças Sexualmente Transmissíveis e outras.
Guerra com o Paraguai
O Comando do Exército informou através do seu Centro de Comunicação que, ao contrário do que informou o jornal O Estado de São Paulo, em sua edição de 10 de outubro, que o principal objetivo da Operação Pantanal é o adestramento de estados-maiores combinados no planejamento e condução de operações envolvendo mais de uma força.
Segundo o Centro de Comunicação do Exército, o quadro tático, ao contrário do transcrito na matéria, não tem como objetivo nenhum conflito ou guerra com o Paraguai ou qualquer outro país fronteiriço.
Esclarece ainda que a Política de Defesa Nacional prevê a realização de operações de defesa para a manutenção da soberania e integridade territorial, naquela região.
O Exército destacou ainda que mantém uma relação intensa com o Paraguai e que recentemente iniciou a entrega de blindados Urutu, adquiridos pelo país vizinho junto à extinta Engesa, e que foram recuperados no Brasil.
Forças Armadas realizam exercícios combinados
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