Entre os dias 16 e 18 deste mês, profissionais brasileiros das indústrias e instituições de defesa do país debatem, na 20ª Reunião do Grupo de Especialistas Técnicos Brasileiros do MTCR (Missile Technology Control Regime – Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis), sediada pelo Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial, em São José dos Campos, alguns pontos fundamentais da regulamentação – em âmbito internacional - do desenvolvimento e do emprego de mísseis.
O MTCR é um grupo informal e voluntário de 34 países (entre eles o Brasil) que desejam impedir a proliferação de armas de destruição em massa. Na prática, essas nações, em reuniões plenárias anuais (a próxima ocorrerá em novembro, na cidade de Atenas, Grécia), estabelecem parâmetros para a vigilância da transferência de tecnologias, equipamentos e materiais relacionados ao desenvolvimento de mísseis e passíveis de aplicação em sistemas capazes de transportar armas de destruição em massa.
Essas plenárias são precedidas, em cada uma das 34 nações, de encontros como o que neste ano está sendo abrigado pelo CTA. Embora seja o Ministério das Relações Exteriores (MRE) o órgão designado para falar pelo Brasil em discussões internacionais como a que terá lugar em Atenas no próximo mês, cabe ao Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCT) a coordenação do material humano formado por especialistas incumbidos de prestar o auxílio técnico indispensável ao bom desempenho dos diplomatas brasileiros. Alguns desses especialistas – como o Coronel Engenheiro Dino Ishikura (CTA), que neste ano irá para a Grécia - são enviados às plenárias justamente para assessorar os representantes do MRE.
Conquanto nem todos os experts participem das plenárias, representantes dos setores industriais e governamentais afetados pelo MTCR têm voz nas reuniões periódicas que acontecem nos países signatários. Assim, no caso brasileiro, empresários e membros do poder público têm a oportunidade, neste mês de outubro, de discutir e modificar as propostas nacionais relativas ao controle de tecnologia de mísseis, bem como de sugerir alterações nas propostas dos demais integrantes. Tudo isso será levado a Atenas, onde somente as medidas aprovadas de maneira unânime serão colocadas no papel. (CTA)