A Índia abriu hoje (28 Ago) um concurso internacional para renovar a sua frota de aviões de combate, dando origem a uma competição entre os gigantes mundiais da aeronáutica de defesa já que estão em disputa mais de 10 Bilhões de dólares.
Este contrato, esperado há anos, refere-se à aquisição, pela força aérea indiana, de 126 aviões de combate para substituir os seus MiG-21 russos e caças Jaguar mais antigos, que estão muito velhos.
Responsáveis oficiais revelaram que os primeiros 18 aparelhos serão comprados diretamente e entregues à força aérea em 2012, o mais tardar, enquanto os restantes 108 aviões serão fabricados sob licença na Índia.
Na corrida para ganhar o concurso estão, os russos MiG, com o seu MiG-35, as americanas Boeing (com o seu F/A-18E/F Super Hornet) e Lockheed Martin (com o F-16), o avião Rafale, da empresa francesa Dassault Aviation, o Typhoon do consórcio de empresas inglesas, francesas, alemãs, espanholas e italianas, e o modelo Gripen, da empresa sueca Saab.
O governo indiano também adiantou que poderá ter um segundo contrato de mais 64 caças, o que elevaria o total para 190 aviões.
As empresas terão seis meses para apresentar a documentação e após serão realizadas demonstrações das aeronaves na Índia. Um contrato que definirá os rumos de muitas indústrias aeronáuticas do mundo.
Os russos apostam no desempenho do MiG-35, os franceses investem no Rafale, após esperarem por vários anos com a linha de produção do Mirage 2000-5 MarkII em atividade, e no ano de 2006 anunciaram oficialmente ao governo indiano que estavam encerrando a linha de produção do avião, que também competiu no Brasil dentro do consórcio Mirage 2000BR.
Os acordos estratégicos recentes entre os Estados Unidos e Índia, incluindo o acordo Nuclear, abriram caminho para os caças F/A-18 E/F Super Hornet da Boeing e o F-16 E/F da Lockheed Martin. Mais recentemente autoridades americanas apresentaram o F-35 Lightning II aos Indianos, porém não foi solicitado o RFP do F-35.
Acredita-se que os candidatos preferenciais da Índia sejam os caças Rafale e o MiG35. Com o aumento dos números da compra pode haver uma divisão da encomenda entre os dois aviões. Um dos motivos é de que os indianos não querem ficar somente com os russos como fornecedores de aviões militares, pois já fornecem o Sukhoi Su-30 MKI. E a confiança na empresa Dassault com a performance dos Mirage 2000H.
Não é claro se algum acordo ainda remanescente da tentativa de criar uma linha de produção Brasil-Índia prosperará. O timing dos indianos prevê que uma decisão não será tomada em menos de 18 meses.