Em Moscou
O lançamento do míssil, que se deslocou por mais de
"Acreditamos que é prejudicial e perigoso transformar a Europa em um paiol de explosivos e enchê-la de novos tipos de armamentos", afirmou Putin, segundo a agência oficial de notícias Itar-Tass.
As autoridades russas também fizeram questão de anunciar que o novo míssil, conhecido como RS-24, foi disparado a partir de um lançador móvel e pode levar até seis ogivas invulneráveis tanto aos atuais quanto aos futuros sistemas antimísseis.
Segundo as autoridades, todas as ogivas do RS-24 atingiram os seus alvos em um campo de testes em Kamchatka, perto do Oceano Pacífico. "Em termos de defesa e segurança, a Rússia pode olhar calmamente para o futuro do país", afirmou o vice-primeiro-ministro Sergei B. Ivanov, segundo a Itar-Tass.
A cobertura ampla do teste pareceu ser dirigida ao público interno, e os Estados Unidos reagiram calmamente ao lançamento do RS-24. Um diplomata norte-americano, falando sob a condição de que o seu nome não fosse divulgado devido aos protocolos diplomáticos, disse que a existência do míssil já era conhecida pelos governos ocidentais, e que o seu lançamento atendeu às regras estabelecidas pelos tratados de mísseis balísticos.
"Tudo isso está completamente de acordo com os parâmetros fixados pelo tratado Start II, e os russos atenderam às exigências ao nos avisarem sobre o teste com antecedência", disse o diplomata. "Isso não é motivo de preocupação".
O Kremlin, furioso com as críticas ocidentais à sua conduta e se preparando para eleições parlamentares no outono e para eleições presidenciais no ano que vem, tem utilizado há vários meses uma linguagem dura ao referir-se ao Ocidente.
A Rússia também discorda profundamente do Ocidente em relação à expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e ao projeto do escudo de defesa antimísseis proposto pelos Estados Unidos.
Tradução: UOL