Sistemas de defesa antiaérea para a Líbia
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Perdão da divida à Rússia abre caminho a compras militares
Área Militar
A seguir às negociações com a Argélia para o fornecimento de uma vasta gama de equipamentos militares, a Rússia volta agora os olhos para o seu vizinho, a Líbia, com o objectivo de manter a sua presença naquele mercado e aumentando a sua presença e influência no norte de África.
A aquisição de armamentos russos tem a mesma contrapartida que foi utilizada para convencer os argelinos: O perdão da dívida da Líbia à antiga União Soviética.
As negociações ainda estão pendentes da determinação exacta do valor da dívida, que a Líbia afirma ser de 1700 milhões de dólares americanos, enquanto que os russos apresentam um valor de 4400 milhões.
Independentemente dos valores, que condicionarão o numero final de equipamentos, a Líbia, parece estar especialmente interessada na aquisição de sistemas de defesa anti-aérea como baterias de mísseis de defesa aérea de longo alcance S-300 e sistemas de curto/médio alcance como o TOR-M1, que foi recentemente vendido para o Irão e que está em negociações para a sua venda à Venezuela.
Esta preferência da Líbia, estará eventualmente relacionada com a aquisição por parte da Argélia de quantidades consideráveis de caças russos, e com a proposta russa para vender caças ao Egipto, servindo para equilibrar a balança do poder no norte de África.
A Líbia é mais um cliente na região para os materiais russos, onde Marrocos negocia a compra de sistemas de defesa aérea, a Argélia compra vários equipamentos e o Egipto está em negociações para a aquisição de aeronaves da família MiG-29.
No último conflito significativo conhecido em que a Líbia esteve envolvida, e que ocorreu quando aeronaves norte-americanas baseadas em porta-aviões atacaram território Líbio, vários alvos foram atingidos sem que a Força Aérea da Líbia tenha tido capacidade para deter as aeronaves norte-americanas.
Mas não são apenas sistemas de defesa anti-aérea que deverão ser adquiridos pelos Líbios. Eles estarão também interessados na compra de caças de longo alcance Su-30MK2, juntamente com os mais pequenos Mig-35 (uma versão do MiG-29). Esta compra deitará por terra as tentativas francesas de vender o caça Rafale à Líbia, possibilidade que chegou a ser ventilada.