A NATO vai hoje tentar acalmar os receios da Rússia quanto ao projecto de escudo de defesa antimíssil que os EUA planeiam construir na Europa. Na véspera da minicimeira, a realizar em Bruxelas, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Alexander Grushko, considerou que a cooperação com os aliados ocidentais está seriamente ameaçada se os receios de Moscovo não forem tidos em conta.
O presidente Vladimir Putin resumiu as reservas russas ao considerar que o plano dos EUA de, até 2012, instalar dez interceptores de mísseis na Polónia e um sistema de radares na República Checa é uma intromissão na sua antiga esfera de influência. Grushko frisou que a criação do sistema norte-americano “pode ter consequências contrárias às desejadas, desencadear uma corrida às armas e aumentar a instabilidade regional e global”.
Quanto à colaboração com a NATO, o que está em causa é a construção de outro sistema de defesa de mísseis que deve ser capaz de assegurar a protecção de tropas em áreas de conflito. Ao contrário do sistema dos EUA, salientou Grushko, o europeu “está enquadrado pela lei internacional”. Mas para o empreendimento ir avante é preciso que os países aliados tenham em conta as incompatibilidades entre este sistema e o dos EUA.
F.J.G. com agências
Escudo antimíssil dos EUA ameaça relações Rússia-NATO
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