O maior projeto de defesa da Austrália, a compra de F-35 Joint Strike Fighter por $15 bilhões, agora quase certamente seguirá em frente após a recusa formal dos EUA em vender a única alternativa viável ao projeto à Força Aérea Real Australiana (RAAF).
The Australian
O representante do secretário de defesa americano, Gordon England, escreveu ao ministro da defesa australiano, Brendan Nelson, dizendo que os Estados Unidos não irão exportar o mais letal avião do mundo – o F-22 Raptor – à Austrália.O comunicado norte-americano acaba com um crescente debate entre especialistas em defesa sobre qual aeronave deveria substituir os envelhecidos aviões de ataque F-111 e formar a linha de frente da futura força aérea da Nação.
Isso torna virtualmente certo que Canberra formalizará a aquisição de até 100 F-35 quando uma decisão final ocorrer. Custando mais de $ 15 bilhões, a frota de F-35 será a maior compra individual de qualquer tipo pelo governo da Austrália desde a federação.
O ainda por terminar F-35 foi prejudicado por custos e atrasos, mas manteve o apoio sólido tanto da RAAF quando do Dr. Nelson, que diz que o avião é facilmente a melhor opção, de maior custo/benefício para os requerimentos estratégicos Australianos.Porém, o partido trabalhista e alguns especialistas em defesa pediram que a RAAF compre o F-22, que é o mais mortífero caça, mas também o mais caro – o seu preço individual está em torno de $170 milhões – acima do dobro projetado para o custo do F-35. Um estudo do poder aéreo da Austrália lançado ontem pelo Instituto de Política Estratégica da Austrália(Ausralian Strategic Policy Institute – ASPI) recomendou ao governo investigar seriamente a compra do F-22.
“O caça de quinta geração F-22 Raptor é a melhor aeronave de combate do globo – tem capacidade stealth e sua performance o coloca muito a frente dos demais aviões”, disse o comunicado do ASPI. Embora os Estados Unidos nunca tenham exportado o F-22, o partido trabalhista e especialistas em defesa acreditavam que os EUA poderiam relaxar as restrições com um aliado próximo como a Austrália.O Dr. Nelson discutiu a variedade de opções de caças com oficiais da administração Bush durante as conversas anuais de defesa de Ausmin, em Washington em dezembro. Mas em uma carta ao Dr. Nelson mês passado, o Sr. England esclareceu a política americana de uma vez por todas.
“A respeito do F-22, nossa posição atual é que a aeronave não será colocada a disposição de venda a países estrangeiros”, escreveu o Sr. England.
O comunicado significa que a Austrália tem poucas opções de escolha além de esperar que o F-35 seja entregue no calendário e custos esperados, com todas as suas capacidades prometidas.
O primeiro F-35 deverá ser entregue a RAAF por 2014. Embora os aviões tenham sofrido sérios problemas com peso e integração de software durante seu projeto, o primeiro teste de vôo em dezembro foi um sucesso e a RAAF acredita que o F-35 será um potente avião de guerra, capaz de enfrentar qualquer ameaça na região.
Porém, o preço do F-35 – atualmente estimado em $70 milhões cada um – provavelmente subirá ainda mais após a força aérea dos Estados Unidos(USAF) ter reduzido o número de pedidos para o avião, aumentando os custos para outros consumidores como a Austrália.
A carta americana sobre o F-22 reflete a continuada relutância dos EUA em exportar avançadas tecnologias stealth, mesmo para seus aliados mais próximos.
Ambos a Austrália e o Reino Unido confrontaram os Estados Unidos com pedidos de acesso a tecnologia stealth para o F-35. Os planos do pentágono incluem a compra de aproximadamente 2.500 F-35s – fabricados pela Lockheed Martin – e vender o avião a nove países aliados, incluindo a Austrália.
Em março do último ano, a Austrália ameaçou sair do negócio do F-35 caso a versão australiana do caça não tivesse a mesma sofisticada tecnologia stealth dos F-35 das forças armadas americanas.
Mas em reuniões em junho entre o Dr. Nelson e o então secretário de defesa dos Estados Unidos, Donal Rumsfeld, Dr Nelson disse que ele “estava confiante de que todos os nossos requerimentos serão atendidos sobre o F-35 JSF – a tecnologia e a transferência de informações”.
A Grã-Bretanha também ameaçou sair do projeto do F-35 caso os Estados Unidos não compartilhem sua tecnologia stealth.
O F-22 e o F-35 são as únicas aeronaves do mundo chamadas de quinta-geração, dando a elas altos níveis de capacidade stealth contra radares inimigos e sistemas de detecção por infravermelho. Elas também possuem sistemas de sensores altamente sofisticados, permitindo-as coletarem, processarem e compartilharem dados em tempo real na batalha.O governo disse que quer substituir os seus F-111 dos anos 60 por uma aeronave de quinta-geração ao invés de um caça de quarta-geração, cujas opções existem em serviço ao redor do mundo atualmente.
O governo recentemente assinalou a sua intenção de comprar ou fazer leasing de 24 caças Boeing F/A-18F “Super Hornet”, dos Estados Unidos, para garantir que não haverá um buraco na capacidade de combate aéreo entre a retirada dos F-111 em 2010 e a chegada dos F-35 em 2014.
Traduzido por: César Ferreira
O representante do secretário de defesa americano, Gordon England, escreveu ao ministro da defesa australiano, Brendan Nelson, dizendo que os Estados Unidos não irão exportar o mais letal avião do mundo – o F-22 Raptor – à Austrália.O comunicado norte-americano acaba com um crescente debate entre especialistas em defesa sobre qual aeronave deveria substituir os envelhecidos aviões de ataque F-111 e formar a linha de frente da futura força aérea da Nação.
F-22 Raptor | Reprodução |
Isso torna virtualmente certo que Canberra formalizará a aquisição de até 100 F-35 quando uma decisão final ocorrer. Custando mais de $ 15 bilhões, a frota de F-35 será a maior compra individual de qualquer tipo pelo governo da Austrália desde a federação.
O ainda por terminar F-35 foi prejudicado por custos e atrasos, mas manteve o apoio sólido tanto da RAAF quando do Dr. Nelson, que diz que o avião é facilmente a melhor opção, de maior custo/benefício para os requerimentos estratégicos Australianos.Porém, o partido trabalhista e alguns especialistas em defesa pediram que a RAAF compre o F-22, que é o mais mortífero caça, mas também o mais caro – o seu preço individual está em torno de $170 milhões – acima do dobro projetado para o custo do F-35. Um estudo do poder aéreo da Austrália lançado ontem pelo Instituto de Política Estratégica da Austrália(Ausralian Strategic Policy Institute – ASPI) recomendou ao governo investigar seriamente a compra do F-22.
“O caça de quinta geração F-22 Raptor é a melhor aeronave de combate do globo – tem capacidade stealth e sua performance o coloca muito a frente dos demais aviões”, disse o comunicado do ASPI. Embora os Estados Unidos nunca tenham exportado o F-22, o partido trabalhista e especialistas em defesa acreditavam que os EUA poderiam relaxar as restrições com um aliado próximo como a Austrália.O Dr. Nelson discutiu a variedade de opções de caças com oficiais da administração Bush durante as conversas anuais de defesa de Ausmin, em Washington em dezembro. Mas em uma carta ao Dr. Nelson mês passado, o Sr. England esclareceu a política americana de uma vez por todas.
“A respeito do F-22, nossa posição atual é que a aeronave não será colocada a disposição de venda a países estrangeiros”, escreveu o Sr. England.
O comunicado significa que a Austrália tem poucas opções de escolha além de esperar que o F-35 seja entregue no calendário e custos esperados, com todas as suas capacidades prometidas.
O primeiro F-35 deverá ser entregue a RAAF por 2014. Embora os aviões tenham sofrido sérios problemas com peso e integração de software durante seu projeto, o primeiro teste de vôo em dezembro foi um sucesso e a RAAF acredita que o F-35 será um potente avião de guerra, capaz de enfrentar qualquer ameaça na região.
Porém, o preço do F-35 – atualmente estimado em $70 milhões cada um – provavelmente subirá ainda mais após a força aérea dos Estados Unidos(USAF) ter reduzido o número de pedidos para o avião, aumentando os custos para outros consumidores como a Austrália.
A carta americana sobre o F-22 reflete a continuada relutância dos EUA em exportar avançadas tecnologias stealth, mesmo para seus aliados mais próximos.
Ambos a Austrália e o Reino Unido confrontaram os Estados Unidos com pedidos de acesso a tecnologia stealth para o F-35. Os planos do pentágono incluem a compra de aproximadamente 2.500 F-35s – fabricados pela Lockheed Martin – e vender o avião a nove países aliados, incluindo a Austrália.
Em março do último ano, a Austrália ameaçou sair do negócio do F-35 caso a versão australiana do caça não tivesse a mesma sofisticada tecnologia stealth dos F-35 das forças armadas americanas.
Mas em reuniões em junho entre o Dr. Nelson e o então secretário de defesa dos Estados Unidos, Donal Rumsfeld, Dr Nelson disse que ele “estava confiante de que todos os nossos requerimentos serão atendidos sobre o F-35 JSF – a tecnologia e a transferência de informações”.
A Grã-Bretanha também ameaçou sair do projeto do F-35 caso os Estados Unidos não compartilhem sua tecnologia stealth.
O F-22 e o F-35 são as únicas aeronaves do mundo chamadas de quinta-geração, dando a elas altos níveis de capacidade stealth contra radares inimigos e sistemas de detecção por infravermelho. Elas também possuem sistemas de sensores altamente sofisticados, permitindo-as coletarem, processarem e compartilharem dados em tempo real na batalha.O governo disse que quer substituir os seus F-111 dos anos 60 por uma aeronave de quinta-geração ao invés de um caça de quarta-geração, cujas opções existem em serviço ao redor do mundo atualmente.
O governo recentemente assinalou a sua intenção de comprar ou fazer leasing de 24 caças Boeing F/A-18F “Super Hornet”, dos Estados Unidos, para garantir que não haverá um buraco na capacidade de combate aéreo entre a retirada dos F-111 em 2010 e a chegada dos F-35 em 2014.
Traduzido por: César Ferreira