Do G1, com agências
BAGDÁ - O exército americano informou nesta terça-feira (6) a morte de nove soldados nas províncias de Salahadin e Diyala, no norte do Iraque, em apenas 24 horas.
O pior dos ataques matou seis soldados norte-americanos. Outros três soldados morreram num outro incidente nas cercanias da capital, informou o exército.
Desde que um helicóptero americano foi derrubado em janeiro por "fogo inimigo", com 12 mortes, o exército americano não tinha sofrido tantas baixas num só ataque.
A violência acontece no momento em que tropas norte-americanas e iraquianas intensificam a operação de segurança na capital, que já dura três semanas, para conter os conflitos sectários. Comandantes disseram que insurgentes podem aumentar o número de ataques fora da capital, para onde foram mandados mais de 90 mil soldados do Iraque e dos EUA, como parte da ação.
O comando dos EUA está preocupado com o aumento dos ataques insurgentes com um tipo de bomba que, segundo os militares, é produzida no Irã. Aparatos desse tipo mataram mais de 170 soldados norte-americanos no Iraque desde 2004.
Mais de 3.170 soldados norte-americanos foram mortos no Iraque desde a invasão liderada pelos EUA, em março de 2003.
No mais recente de uma série de ataques contra peregrinos xiitas que seguem para a cidade sagrada de Kerbala para celebrar um importante evento religioso, cinco pessoas morreram e 10 ficaram feridas pela explosão de um carro-bomba no centro de Bagdá, disse a polícia.
Pelo menos sete peregrinos foram mortos em diversos ataques em Bagdá na segunda-feira (5). Insurgentes árabes sunitas costumam atacar peregrinos e locais xiitas, em campanha que autoridades dos EUA e do Iraque afirmam ter por objetivo provocar uma guerra civil.
Um dia depois que um homem-bomba devastou o distrito histórico de livrarias de Bagdá, matando 30 pessoas, moradores retiraram nove corpos dos destroços na rua Mutanabi, disseram testemunhas.
"Vi nove corpos sendo retirados. Estavam completamente queimados. Os bombeiros não conseguiram retirá-los ontem porque as lojas estavam cheias de livros e papéis que estavam queimando", disse a testemunha, que trabalha para a Reuters.
O ataque é outro desafio para o primeiro-ministro Nuri al-Maliki, que afirmou estar satisfeito com os primeiros resultados da ação em Bagdá.
Na segunda-feira, pelo segundo dia consecutivo tropas dos EUA e do Iraque fizeram buscas de casa em casa em Sadr City, base da milícia xiita Exército Mehdi.
A milícia é comandada pelo clérigo antiamericano Moqtada al-Sadr e as operações em Sadr City podem testar o empenho do Iraque e dos EUA na ação. Washington chamou o Exército Mehdi de maior ameaça de segurança ao Iraque.