O rei Abdullah, da Jordânia, disse nesta quarta-feira que rejeita qualquer tentativa de anexar terras e deslocar palestinos.
Por Jana Choukeir | Reuters
DUBAI - Ele falou depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse na terça-feira que os Estados Unidos assumiriam Gaza depois que os palestinos fossem reassentados em outro lugar e a desenvolveriam economicamente, uma ideia que provocou ampla condenação internacional.
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| O rei Abdullah da Jordânia conversa com o presidente do Chipre, Nikos Christodoulides (não na foto), durante uma cúpula trilateral entre Grécia, Chipre e Jordânia no Palácio Presidencial em Nicósia, Chipre, em 27 de novembro de 2024. REUTERS/Yiannis Kourtoglou/Pool/Foto de arquivo |
"Sua Majestade o Rei Abdullah II enfatiza a necessidade de interromper a expansão dos assentamentos (israelenses), expressando rejeição a qualquer tentativa de anexar terras e deslocar os palestinos", disse a corte real jordaniana em um post no X.
Ao receber o presidente palestino Mahmoud Abbas, o rei Abdullah afirmou o total apoio jordaniano aos palestinos.
Ao receber o presidente palestino Mahmoud Abbas, o rei Abdullah afirmou o total apoio jordaniano aos palestinos.
O monarca jordaniano deve se encontrar com Trump em 11 de fevereiro na Casa Branca.
Trump disse que apoiaria um esforço para reassentar permanentemente os palestinos de Gaza, após 15 meses de guerra devastadora entre o grupo governista Hamas e Israel, para lugares onde eles possam viver sem medo de violência.
Ele disse que ele e sua equipe estavam discutindo essa possibilidade para Gaza, onde um cessar-fogo entrou em vigor em 19 de janeiro, com Jordânia, Egito e outros países regionais.
Em uma coletiva de imprensa, Trump disse que o rei Abdullah e o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, aceitariam a ideia, apesar de suas rejeições. Trump disse que eles "abririam seus corações e nos dariam o tipo de terra de que precisamos para fazer isso e as pessoas podem viver em harmonia e em paz".
No final de janeiro, Trump disse que a Jordânia e o Egito deveriam retirar mais palestinos de Gaza, onde a guerra de Israel contra o Hamas causou uma crise humanitária.
A Jordânia rejeitou firmemente a sugestão inicial de Trump, com milhões de palestinos já morando lá.
Jordânia, Egito e outras nações árabes rejeitam a ideia de palestinos em Gaza serem transferidos para seus países. Gaza é uma terra que os palestinos gostariam de fazer parte de um futuro estado independente.