Sisi diz que Egito não participará de "ato de injustiça" deslocando palestinos

O Egito não participará do deslocamento de palestinos, um "ato de injustiça" que ameaçaria a segurança egípcia, disse o presidente do Egito Abdel Fattah Al-Sisi nesta quarta-feira, em sua primeira resposta pública ao pedido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que o Cairo acolha moradores da Faixa de Gaza.


Mohamed Hendawy | Reuters

CAIRO - Em entrevista coletiva com o presidente queniano William Ruto, Sisi disse que o Egito deve trabalhar com Trump para alcançar a paz entre Israel e os palestinos com base em uma solução de dois Estados.

O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi em reunião estendida da cúpula do Brics em Kazan, Rússia 23/10/2024 ALEXANDER NEMENOV/Pool via REUTERS

"Em relação ao que está sendo dito sobre o deslocamento de palestinos, isso nunca pode ser tolerado ou permitido devido ao seu impacto na segurança nacional egípcia", disse Sisi.

"A deportação ou o deslocamento do povo palestino é uma injustiça da qual não podemos participar."

Trump disse no último sábado que Egito e Jordânia deveriam receber os palestinos de Gaza, que ele chamou de "local de demolição" após 15 meses de bombardeios israelenses que deixaram a maioria das suas 2,3 milhões de pessoas desabrigada.

Sisi afirmou que, se ele perguntasse ao povo egípcio sobre a sugestão de Trump, eles sairiam às ruas para rejeitar o deslocamento dos palestinos.

"A solução de dois Estados é um direito histórico que não pode ser ignorado", disse Sisi, acrescentando que Trump "é capaz de atingir esse objetivo para uma paz justa e permanente no Oriente Médio".

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