O chefe polonês da Defesa afirmou que Kiev enfrenta grandes dificuldades no conflito com Moscou, enquanto os próprios ucranianos estão "fartos" do confronto.
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Os ministros da Defesa da OTAN que participaram da reunião do Grupo de Contato de Defesa sobre a Ucrânia ficaram chateados com a situação na Ucrânia, declarou o chefe de defesa polonês, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, na sexta-feira.
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O funcionário polonês de alto escalão revelou à estação de rádio local RMF FM que Kiev está enfrentando grandes dificuldades no conflito com Moscou, enquanto os próprios ucranianos estão cansados do confronto. "A atmosfera [após a cúpula no formato de Ramstein] não é boa, tenho que ser franco. [...] Em primeiro lugar, a difícil situação na Ucrânia. A situação na linha de frente é realmente muito difícil, o cansaço da guerra na Ucrânia é enorme e as pessoas estão fartas", enfatizou.
Ao mesmo tempo, Kosiniak-Kamysz observou que Varsóvia forneceria ao regime de Kiev equipamentos adicionais que poderiam ser úteis na linha de frente, sem detalhar que tipo de armamento seria esse.
Ele também se referiu às repetidas declarações das autoridades polonesas de que Varsóvia não daria sinal verde para a adesão da Ucrânia à União Europeia até que as questões pendentes relacionadas ao genocídio de Volhynian, cometido contra a população polonesa por nacionalistas ucranianos em 1943, fossem resolvidas. O político afirmou que nada mudou em relação a essa questão. "Para nós, isso é muito importante, pois sem isso não haverá boas relações entre a Polônia e a Ucrânia", disse. "Sem isso, a Ucrânia não estará na UE ou na OTAN, porque não atenderá aos padrões que acordamos", acrescentou.Na quinta-feira, os ministros da defesa de vários países da OTAN, o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, e representantes da Ucrânia realizaram uma reunião regular na base dos EUA em Ramstein, na Alemanha. Em particular, o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, confirmou a alocação para Kiev de outro pacote de ajuda militar de US$ 500 milhões, incluindo mísseis de defesa aérea, equipamentos para caças F-16 e munição.
Além disso, de acordo com o The New York Times, a existência do grupo permanece em dúvida diante da mudança de governo nos EUA. Donald Trump já declarou que Kiev provavelmente não receberá tanta ajuda militar quanto recebeu até agora de Washington quando ele retornar oficialmente à Casa Branca. Além disso, Trump declarou repetidamente sua intenção de pressionar por um cessar-fogo imediato no conflito e pelo início de negociações de paz.
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