Israel diz ter ajudado soldado a sair do Brasil após determinação judicial

A chancelaria do país judeu afirmou ter garantido a saída segura do soldado por meio de um voo comercial e atribuiu a abertura da investigação a ''elementos anti-Israel''.


RT

Neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores de Israel declarou ter ajudado um soldado em férias no Brasil a deixar o país, após ele ter se tornado alvo de uma investigação judicial por supostos crimes de guerra na Faixa de Gaza.

Soldados israelenses | AP / Lefteris Pitarakis

"O setor consular do Ministério das Relações Exteriores e a Embaixada de Israel no Brasil entraram em contato com o israelense e sua família, e o acompanharam durante todo o evento até sua rápida e segura saída do Brasil", lê-se em um comunicado da chancelaria citado pela imprensa do país judeu.

De acordo com informações da AP, o governo israelense viabilizou a saída através de um voo comercial, e atribuiu a abertura da investigação a "elementos anti-Israel".

O que aconteceu?

Após um pedido da Fundação Hind Rajab (HRF), a juíza Raquel Soares Charelli, do Distrito Federal, emitiu, no dia 30 de dezembro de 2024, uma determinação exigindo que um soldado israelense de férias no Brasil fosse investigado por supostos crimes de Guerra.

O pedido da HRF é composto por mais de 500 páginas de registros judiciais baseados em imagens de vídeo, dados de geolocalização e fotografias que mostram o militar participando da demolição prédios civis e bairros inteiros no enclave palestino.

Segundo informações publicadas neste domingo pelo portal Financial Times, o governo israelense advertiu suas tropas a não publicarem sobre suas ações em Gaza nas mídias sociais após o caso brasileiro.

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