O presidente russo defendeu a retirada das tropas israelenses do Golã, mas expressou sua suspeita de que Israel não tem intenção de deixar aquele território sírio.
HispanTV
Sobre o assunto, Vladimir Putin disse durante sua coletiva de imprensa anual que a Rússia espera que Israel deixe o território da Síria em algum momento, mas no momento o exército enviou tropas adicionais.
Presidente russo, Vladimir Putin. (foto: Sputnik) |
"Acho que já existem vários milhares. Tenho a impressão de que não só eles não pretendem sair, mas pretendem se estabelecer lá", alertou o líder russo.
Putin enfatizou que "a Rússia condena a tomada de territórios sírios, isso é óbvio. Nossa posição aqui não requer nenhuma mudança."
O presidente russo também disse que o regime de Tel Aviv é o principal beneficiário dos eventos que ocorrem na Síria.
Ao mesmo tempo, ele enfatizou que a Rússia é a favor do respeito ao direito internacional e à soberania.
"Se tudo o que acontecer levar à desintegração da Síria, então essas questões terão que ser decididas pela população local de acordo com a Carta das Nações Unidas e o direito de uma nação à autodeterminação", disse ele.
Na quinta-feira, o presidente russo falou sobre esta e outras questões durante sua habitual coletiva de imprensa de fim de ano, disse a agência TASS.
Após a queda do governo de Bashar al-Assad, o exército israelense violou o acordo de retirada de 1974 e entrou na zona desmilitarizada das Colinas de Golã sírias.