Morre soldado norte-coreano capturado pela Ucrânia na guerra com a Rússia

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Um soldado norte-coreano capturado pelo exército ucraniano quando combatia ao lado das forças russas não resistiu aos ferimentos e faleceu, informou o serviço de inteligência da Coreia do Sul nesta sexta-feira (27).


France Presse

"Uma agência de espionagem aliada confirmou que o soldado norte-coreano capturado com vida em 26 de dezembro acaba de morrer devido aos ferimentos, que eram graves", afirmou o serviço de inteligência sul-coreano em um comunicado.

Treinamento de soldados na região oeste da Coreia do Norte (foto divulgada em 2 de outubro de 2024) © STR

A captura do soldado norte-coreano foi o primeiro caso conhecido desde que Kiev e os países ocidentais anunciaram que Pyongyang deslocou tropas para o continente europeu.

O envolvimento de um exército estrangeiro no conflito representa uma escalada significativa na invasão da ex-república soviética, iniciada pela Rússia há quase três anos.

O soldado foi capturado pelo exército ucraniano, informou uma fonte do serviço de inteligência à AFP, que não soube precisar o local em que o militar foi detido.

Vários posts de contas ucranianas em redes sociais publicaram fotos de um suposto militar norte-coreano capturado.

Kiev afirma que 12.000 soldados norte-coreanos, incluindo "quase 500 oficiais e três generais", estão na região russa de Kursk, onde o exército ucraniano iniciou uma ofensiva em agosto.

Até o momento, nem a Rússia nem a Coreia do Norte confirmaram a presença do contingente no conflito.

O primeiro relato da captura de um soldado norte-coreano aconteceu poucos dias após o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, anunciar que quase 3.000 soldados norte-coreanos foram "mortos ou feridos" em combate.

O Estado-Maior Conjunto de Seul também informou na segunda-feira que mais de 1.000 soldados norte-coreanos morreram ou ficaram feridos no conflito entre Rússia e Ucrânia.

Segundo o comando militar sul-coreano, a Coreia do Norte está se preparando para enviar mais soldados à Rússia, como reforço ou para substituir os que já estão em combate.

Pyongyang e Moscou assinaram em junho um tratado histórico de defesa, que entrou em vigor no início de dezembro. O acordo prevê uma "ajuda militar imediata" em caso de agressão armada por um terceiro país.

A imprensa estatal norte-coreana informou nesta sexta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, enviou uma mensagem de Ano Novo ao líder norte-coreano Kim Jong Un, na qual afirma que os "laços bilaterais entre os dois países aumentaram após nossas negociações de junho em Pyongyang".


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