No dia de ontem, 17 de dezembro, ocorreu o primeiro lançamento do Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP) a partir de uma viatura lançadora do sistema ASTROS. O teste foi realizado pela Marinha do Brasil (MB) com apoio da empresa Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico (SIATT).
Tecnologia & Defesa
A operação pioneira foi realizada por meio do sistema ASTROS 2020, sistema de foguetes deartilharia empregado pelo Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da MB para saturação de área e ocorreu na Restinga da Marambaia, sob a coordenação da Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM), com apoio do Centro de Avaliações do Exército (CAEx).
As ações fazem parte do Projeto MANSUP, que visa não apenas equipar as novas fragatas da classe Tamandaré com esta moderna arma inteligente, mas também elevar o nível de prontidão da MB na defesa da Amazônia Azul.
O gerente do projeto do MANSUP e funcionário da SIATT, Robson Duarte, afirmou que o lançamento do míssil por plataforma terrestre representa uma grande e inovadora vitória para a indústria de defesa brasileira. “Este lançamento nos proporciona autonomia e independência, pois fortalece a autossuficiência tecnológica do país, reduz a dependência de armamentos importados e consolida nossa Base Industrial de Defesa”.
Duarte ressaltou, ainda, a importância do projeto para o Brasil. “O MANSUP podeser integradoa outros sistemas de defesa, como radares e o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), proporcionando uma resposta coordenada e efetiva às ameaças marítimas. A proteção dos recursos naturais marinhos de nossa Amazônia Azul, como petróleo e gás, é imprescindível para o desenvolvimento econômico do país. O míssil MANSUP desempenha um papel estratégico na garantia da soberania nacional e na dissuasão de ameaças aos interesses brasileiros”, completou.
O diretor da DSAM, vice-almirante Carlos Henrique de Lima Zampieri, pontuou que o MANSUP, que tem um alcance de até 70 km e elevada precisão, confere flexibilidade e dinamismo às operações militares. “O míssil é projetado para ser lançado por navios e por meio de plataformas móveis, como as lançadoras do CFN. A mobilidade das lançadoras permite que a defesa seja ajustada conforme a situação e características geográficas, oferecendo meio eficaz de defesa e proteção”.
O próximo passo do Projeto MANSUP envolve o desenvolvimento de requisitos operacionais e especificações técnicas para a futura operacionalização do sistema de defesa a ser empregado pelo CFN, aumentando a capacidade de resposta às demandas da atualidade, como lembrou o comandante do Material de Fuzileiros Navais, vice-almirante (FN) Roberto Ramos Lage. “A defesa do litoral é um elemento crucial quando nos referimos à proteção da nossa Amazônia Azul. O lançamento do dia de hoje representa mais um passo no projeto exitoso da Marinha para equipar o Corpo de Fuzileiros Navais com capacidades adequadas de resposta às diversas demandas em um mundo em acelerada transformação”.
Fonte: SIATT